quarta-feira, 21 de agosto de 2013

21 de agosto - dia de São Pio X

Papa São Pio X trabalhando em seu escritório
"Como já mostrei acima, o Papa, embora seja homem de idade avançada, não é uma MÚMIA, mas é de uma atividade e de um espírito de trabalho espantoso.

O Papa anda, viaja, passeia até, e em vez de ser carregado, é capaz de carregar os outros, como tem acontecido com diversos Papas, que carregavam até doentes para o hospital.

A vida do papa, como provarei mais tarde, é antes de tudo uma vida de oração, de meditação e de união a Deus, para poder governar a catolicidade, porém os Papas são homens de ação... e de ação quase milagrosa [...]

Quem não ouviu falar da atividade assombrosa do Santo Pio X, reformador do Direito Canônico, do cantochão e de muitas outras modificações úteis na Igreja, por este Pontífice levadas a efeito?"

DE LOMBAERDE, Pe. Júlio Maria. O Cristo, o Papa e a Igreja. Manhumirim: O Lutador,1940, p. 54.

domingo, 18 de agosto de 2013

Honrar e Invocar a Mãe de Deus

Pe. Júlio Maria De Lombaerde

Ecce mater tua: eis a tua mãe (Jo 19,26). Sendo a nossa mãe, a Santíssima Virgem tem o direito a uma honra e a um culto acima das honras e do culto que tributamos às outras criaturas.

Honramos e exaltamos os grandes homens da terra, os heróis, os gênios, os beneméritos da humanidade; e não honraríamos, nem exaltaríamos aquela a quem devemos o Redentor, o Filho de Deus, numa palavra: a salvação! O bom senso se revoltaria contra tal asserção negativa!

E não somente honramos os benfeitores da humanidade; nós fazemos os seus retratos, erigimos-lhes estátuas e monumentos; e não o faríamos para a mais bela, a mais santa e mais benfazeja das criaturas, que é a Virgem Mãe de Deus? O coração humano se revoltaria contra a asserção negativa!

Tiremos a conclusão: é, pois, lícito é lógico, é necessário honrar a SS. Virgem.

Honrá-la não é o bastante. É preciso invoca-la, pois a invocação é uma parte constitutiva do culto. As horas prestadas exaltam a grandeza e a virtude. A invocação exalta o poder e a bondade.

Maria Santíssima é grande pela sua qualidade de Mãe de Deus e pelas exímias virtudes que a adornam. Ela é poderosa e bondosa como a mãe dos homens; poderosa para poder ajuda-los; bondosa para querer fazê-lo.

Ora, nós, aqui na terra, somos pobres pecadores, somos necessitados e fracos; precisamos de auxílio, de forças e de generosidade. A quem pedi-los? Aos homens? Os homens sabem apenas dar a esmola material; só Deus pode sustentar e fortificar a alma. É dele, pois, que devemos receber a esmola espiritual.

E esta esmola é transmitida aos homens pelas mãos da Santíssima Virgem. Ela é a cheia de graça (Lc 1,28) para poder transmitir aos homens a graça, como o canal transmite aos campos, ressequidos pelo sol, as águas do oceano.

Tal um canal repleto, que recebe as águas e as transmite aos campos, assim a Virgem Maria recebe de Deus as graças divinas para comunica-la aos homens.

Maria, diz São Bernardo, “está colocada entre Jesus Cristo e os homens para ser o canal que esse divino salvador derrama sobre a humanidade... Deus escolheu Maria –diz ainda o nosso doutor- para ser o canal das graças, e ele quer que as alcancemos todas pela sua intercessão” (Sermo de Aquæducto).

Maria Santíssima pode, pois, ajudar-nos, porque é Mãe de Deus... Ela quer ajudar-nos, porque é nossa Mãe. Ela nos ajuda, porque é o ofício de que o próprio Deus a encarregou.
Fonte: Luz nas Trevas. Petrópolis: Editora Vozes, 1955, p. 38-39. 

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Marcha do Centenário

Como sabemos, Pe. Júlio Maria nasceu no dia 07 de janeiro de 1878, na Bélgica. Mas gostava mesmo é de comemorar no dia 08 de janeiro, dia em que recebera a graça de Deus na fonte batismal - ainda que às pressas, pois seu estado de saúde quando recém-nascido inspirava cuidados.

Pois bem. No ano de 1978 a Congregação dos Missionários de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento, juntamente com as duas outras congregações religiosas da família julimariana (Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora e Irmãs Filhas do Coração Imaculado de Maria) celebraram o ano jubilar do Centenário de Nascimento do Revmo. Pe. Júlio Maria.

Dentre as comemorações, deu-se a criação de um hino que representasse o espírito daquela festa.

O que ocorreu então? O fato é que tal hino serviu não apenas para marcar a data, mas se tornou praticamente o Hino da Congregação Sacramentina. Onde quer que os missionários se reúnam, ele é sempre cantado com entusiasmo e vigor pelas falanges dos filhos do Pe. Júlio.

Ainda mais agora, com perspectiva de sua beatificação, as palavras finais do hino ecoam forte nos corações:

"É bem pouco pra ti sepultura, necessário se faz um altar!"

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Marcha do Centenário
Letra: Dr. Ivan Fornazier Cavalieri
Música: Aristides José

Missionário que veio de longe
No Brasil com ardor congregar
Muitas almas em torno de Cristo
Por Maria a serviço do altar

REFRÃO
Padre Júlio Maria Lombaerde
É chegado o momento de glória
O seu nome, para sempre
Há de ser relembrado na história

Sacerdote do Amor-Sacrifício
Peregrino de bens imortais
Desde o Norte e Nordeste da Pátria
Às montanhas de Minas Gerais

A visão de teus filhos em marcha
É semente de auroras de luz
A se abrir em grandezas fecundas
Para o reino da Paz e da Cruz

É bem pouco pra ti sepultura
Necessário se faz um altar
Aos teus feitos marcantes e nobres
À vitória que se há de exaltar

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Notas:
1 - Tanto o autor da letra quanto o compositor da melodia foram seminaristas da Congregação.
2 - Por licença poética, omite-se o "De" no nome do Pe. Júlio Maria De Lombaerde.