Por Matheus R. Garbazza Andrade
O Pe. Júlio Maria De Lombaerde, missionário fundador do jornal O Lutador e da Congregação dos Missionários Sacramentinos de Nossa Senhora, foi, sem dúvidas, um santo que marcou o seu tempo. Foi um homem profundamente entusiasmado com o que fazia. E o podemos dizer com segurança, porque o que lhe movia era um ideal altíssimo: era um ideal divino.
Aspirava com todas as forças do seu coração salvar as pessoas para Cristo, atraindo-as aos pés de Jesus Eucarístico pela materna intercessão de Maria Santíssima, a quem chamava e ensinava a chamar de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento.
No dia 13 de maio comemoramos a cada ano – com renovada piedade e confiança – a festa da Matrona da Congregação. É o dia do missionário sacramentino. Mais que uma data de festa, é uma ocasião propícia para mergulhar novamente na fonte do ideal do Pe. Júlio Maria.
Seu intuito originário era de formar missionários para estender ao povo a vida sacramental, especialmente nos lugares mais carentes de sacerdotes. Missionários para “fazer comungar e comungar melhor”, sintetiza Dom Antônio Affonso de Miranda, sdn.
O experimentado missionário, nos dezesseis anos que esteve à frente da Congregação que fundara, conseguiu entusiasmar numerosos jovens a aderirem ao seu projeto. E quando pensamos nas dificuldades e na pobreza que reinavam nos inícios do recém-fundado instituto, ficamos ainda mais admirados com a sua coragem e sua capacidade de cativar.
Nos primeiros anos, nem havia ainda uma boa casa para acolher os seminaristas. A alimentação era suficiente, mas austera. O trabalho era muito e pouco o tempo para as coisas meramente agradáveis. O Pe. Júlio Maria era muito rígido com os estudos: queria que seus missionários fossem sábios, e não ‘moluscos’, como ele costumava brincar.
Entretanto, em pouco tempo a casa já estava cheia. Vinham jovens de todos os lugares, comporem as fileiras da Virgem Santíssima, sob a batuta do Fundador, para levar ao mundo a Palavra de Deus. Todos os domingos, o bom sacerdote pronunciava uma conferência sobre temas espirituais para seus seminaristas. E era ouvido e atendido com obediência e devoção.
E era admirado porque, antes de todos os outros, era ele o primeiro observante da regra da casa. Acordava antes de todos, trabalhava mais. Era quem dava o exemplo a ser seguido. Não dizia palavras frias, mas toda a sua vida foi conformada a Deus, a fim de levar adiante a grade obra da qual Nosso Senhor o havia incumbido.
Passaram-se 82 anos desde a fundação da Congregação. Já são 67 anos da passagem do Pe. Júlio Maria para a casa do Pai. Que houve com seu ideal? Terá, acaso, se esfriado? Ou até mesmo se apagado?
Não!
Hoje, o carisma sacramentino, confiado por Deus ao Pe. Júlio Maria e, através dele, à sua Congregação missionária, continua muito vivo e atuante na Igreja. Ainda hoje, são muitos os que são contagiados pelo ideal eucarístico-missionário-mariano.
Nas paróquias em que atuam os missionários sacramentinos, lá estão os grupos de jovens que, atentos à Palavra de Deus, se reúnem e são animados para levar adiante a mensagem do Evangleho. Nos Centros de Formação mantidos pela Congregação (que são verdadeiros pólos de ação eucarístico-social), numerosos jovens recebem a oportunidade de se capacitarem melhor para exercerem uma função na sociedade.
E, nas casas de formação da Congregação, lá estão dos jovens que decidiram se entregar completamente ao Reino de Deus. Que desejam consagrar suas vidas ao ideal da Vida Religiosa e, mais especificamente, à vida sacramentina. Que querem seguir os passos ao mesmo tempo místicos e missionários de seu santo Fundador. Jovens que querem levar adiante a missão de “eucaristizar o mundo do jeito de Maria”.
Neste 13 de maio, só podemos agradecer a Deus pelo grande dom para a Igreja que foi a pessoa do Pe. Júlio Maria De Lombaerde. Agradecer-lhe pela Congregação dos Missionários Sacramentinos. E pedir-lhe que esse ideal possa continuar contagiando as pessoas, para que Jesus reine. Amém!
Fonte: Jornal O Lutador, ed. de 11 a 20 de maio de 2011
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